Não justifico, pois é tão só minha, a culpa pelo mal-amanhado destas linhas e o improviso (arrogância estudantil) da ideia pouco amadurecida que exponho aqui: a relação entre olhar, narrar e a necessidade de descolonizar o olhar e criar dispositivos que nos permitam fazer e contar a nossa própria História(1).
História própria, dos que se auto-retratam da perspectiva de resistência ao colonialismo(2), e na busca de diálogos que tornem possível a existência autônoma da diversidade de povos e espécies(3).
Uso como oriente no percurso um norte que me é familiar. A minha vivência pessoal como artista e desenhista diletante. Como diria o filósofo francês Michel Foucault, saber e poder inventam um ao outro e se alimentam mutuamente(4).
Um certo olhar
Existe um certo consenso entre os “Grandes Mestres da Arte Universal”(5) - mas que também é partilhado por notórios desenhistas de outras culturas(6) -, que o ato de desenhar está associado a um aprendizado do olhar, ou de uma maneira de ver, como descrevem alguns(7), e que tem muito pouca relação com possuir uma destreza acima da média ou com desenvolver alguma habilidade motora refinada, ou com ter algum talento especial, como pode ser comum que se pense(8).
Observado isto, desenhar, de observação ou de lembrança - que é na verdade um exercício de visualização de uma experiência vivida ou imaginada -, passa por treinar o olhar, através de conceitos ou técnicas - no caso ocidental, os conceitos de desenho e pintura passam por contornos, espaços-negativos, perspectiva, valores e cores -(9) desenvolvidos principalmente a partir do renascimento, e ao longo do percurso da arte moderna(10).
Devo notar que esta permanece sendo uma bagagem determinante, para julgamentos e hierarquizações que fazemos em relação à arte no nosso dia-a-dia, na nossa forma de ensinar, de fazer, de fruir e de vender as artes plásticas.
Desenhar e fazer história
Vejo uma rica analogia entre desenhar e fazer História, entre olhar e narrar. Enxergo o que apontam a ativista intelectual aimará Silvia Rivera Cusicanqui e a artista e escritora portuguesa Grada Kilomba, por notáveis exemplos, sobre a necessidade de descolonizar os olhares para recriar Histórias que façam sentido de uma perspectiva plural e diversa de mundo e humanidade(11), inseridas em um lugar que o professor e pensador portugues Boaventura de Souza Santos define de “epistemologias do sul”(12).
Uma paisagem formada nas lutas sociais anti-colonialistas, um olhar plural, de igualdade e reconhecimento dos direitos de uma multiplicidade de culturas, que convivem, e se reconstroem em suas relações, e que enxergam a sua existência inseparável das outras espécies e da sobrevivência da natureza(13).
Contornos e fronteiras
O contorno, em desenho, é, digamos assim, uma linha arbitrada entre dois espaços, que são delimitados pelo desenhista. O contorno separa o que podemos reconhecer como uma forma, uma figura que faz sentido, de um espaço sem nome, desconhecido. É o que risca, o que separa.
E afinal como falar de contorno, nesta composição, sem pensar em fronteiras e sem lembrar do que observa o filósofo camaronês Achille Mbembe - através do conceito de necropolítica(14), um dispositivo indispensável para se pensar a complexidade crescente da realidade nos dias atuais, e que expõe a matriz colonial que atravessa o contexto contemporâneo?
Sobre a política da guerra total e sobre o controle dos corpos e que a aplicação das novas descobertas no campo da genética propõe usando, hoje, a mesma sintaxe utilizada pelo racismo científico no final do século XIX e ao longo da modernidade(15), e que faz Foucault, com seu conceito de biopolítica, parecer ingênuo?
O termo para Mbembe indica a política de morte, racializada, mas que extrapola essa dimensão, na medida em que a negritude(16), como uma condição de subalternidade reservada aos negros se torna um “devir-negro do mundo”(17), que abarca desempregados, descartáveis, favelados, imigrantes e todos os que são excluídos no projeto de desenvolvimento do capital que o neoliberalismo radicaliza de forma abissal(18), usando o conceito criado por Boaventura de Souza Santos.
O espaço-negativo é o que determina a forma
Também podemos falar que, por espaço-negativo se enxerga um conceito que pode facilmente ser comparado aos conceitos de raça inventados na modernidade(19), e que se pode entendê-lo como o não-ser(20), o inominado(21), ou o inclassificável que brada o poeta Arnaldo Antunes(22). O lugar onde ninguém quer estar e muito menos ser(23).
Visto assim, o racismo, como o espaço-negativo no ato de desenhar, se torna uma técnica a serviço da criação: neste caso, de uma alteridade onde o negro pertence ao pedaço da humanidade que foi excluído de sua condição pelo sistema colonial moderno(24). Seria o negro o avesso ontológico de Heidegger?(25)
A ditadura do ponto de vista
Vamos seguir explicando que a perspectiva renascentista supõe a construção da obra a partir de um ponto de vista fixo, que impõe ao espectador um único olhar que forma tudo o que se pode ver objetivamente, e que torna tudo o que não se conforma a ele torto, distorcido(26).
É como ver através de uma lente, que foi construída de acordo com parâmetros instituídos por uma inteligência, que se define como universal e que deseja conformar a todos a sua visão.
Recordo da escritora feminista nigeriana Chimamanda Adichie quando ela nos adverte do perigo de uma única história(27). Não seria este olhar o olhar do sujeito universal moderno, que perpetra em todo que não é o mesmo, sofrimento psíquico e coisificação(28)?
O perigo da história única é criar, ao redor, o vazio que nos consumirá, como disse Césaire(29).
Chiaroscuro, a luz e a sombra
Com o termo valor, em arte, descrevemos as nuances de luminosidade. Podemos também, nos referindo a um contorno, falar do seu peso, da sua densidade. Trata-se basicamente de claridade e escuridão. Não é fácil lembrar de Sueli Carneiro, quando ela escreve que “a classificação humana segundo a raça serão os elementos fundamentais para definir a qualidade do ser”(30)?
No renascimento, a técnica do chiaroscuro - que, em português, quer dizer claro-escuro -, é um maneirismo que tendeu a suplantar o sfumato barroco, e se diferenciava daquele por diminuir o horizonte tonal. Ou seja, deixar menos gradações entre a luz e a sombra. De novo o devir-negro de Mbembe?
A diferença fundamental entre ver e olhar, talvez seja que, entre um e outro se impõe a cultura(31). Olhar implica valores construídos e aprendidos através da sociedade e da educação(32). No ato de desenhar, isso se traduz em escolhas de foco, de enquadramento, de composição - hierarquização. Escolhas que são orientadas por uma intenção - consciente ou não.
Impressões fantasmagóricas
O artista e pesquisador Israel Pedrosa fala da cor inexistente(33), ou de como o nosso cérebro trata de completar um campo colorido com cores complementares às percebidas por quem o observa. Ou seja, com cores não pintadas de fato.
A descoberta de Pedrosa, um reconhecido autor no que se refere ao estudo das cores, me faz evocar a ideia de “ch’ixi”, que, como explica Cusicanqui, é, quase, o contraponto do caminho escolhido pela teoria desenvolvida no ocidente(34) quando trata da mistura de pigmentos. De acordo com ela:
“Ch’ixi literalmente se refiere al gris jaspeado, formado a partir de infinidad de puntos negros y blancos que se unifican para la percepción pero permanecen puros, separados. Es un modo de pensar, de hablar y de percibir que se sustenta en lo múltiple y lo contradictorio, no como un estado transitorio que hay que superar (como en la dialéctica), sino como una fuerza explosiva y contenciosa, que potencia nuestra capacidad de pensamiento y acción. Se opone así a las ideas de sincretismo, hibridez, y a la dialéctica de la síntesis, que siempre andan en busca de lo uno, la superación de las contradicciones a través de un tercer elemento, armonioso y completo en sí mismo.”(35)
É possível vislumbrar como esta ideia ecoa nos "poderes oblíquos" do hibridismo do antropólogo Néstor Canclini(36) ou no pensamento fronteiriço do semiólogo Walter Mignolo(37), ambos argentinos, mas seria demasiada pretensão explorar estas relações neste já fragilizado texto.
Desenhando o tempo
Entorto, com a melhor intenção, ao aludir ao desenho, a conhecida frase do cineasta russo Tarkovski: "esculpir o tempo"(38), para me referir ao que posso chamar de o tempo do desenho. Um tempo composto por um feixe indissociável de tempos, e que inclui dimensões várias.
A esse respeito, é Cusicanqui quem nos brinda com uma boa analogia, ao observar Susan Sontag falar sobre o paradoxo do tempo numa imagem(39). Concordo com elas que a imagem, fruto de uma obra de arte, inclui o tempo do fazer - no caso do desenho, há desenhos de dez minutos e há desenhos de dez horas - uma informação clara na obra para os menos inocentes.
Uma imagem construída ainda inclui a relação do artista com o tema - uma informação mais sutil, e a relação da obra com o espectador e todos os tempos históricos que se possa evocar a partir dela(40).
O olhar certo
Sobre aprender a desenhar eu me arrisco a dizer que, a única habilidade necessária para começar é inata. Se uma pessoa é capaz de descrever com palavras uma coisa, ou de escrever com razoável legibilidade, tem habilidade motora e intelectual suficiente para desenhar.
O treino consiste em desenvolver uma coordenação entre os olhos e mão que desenha e o aprendizado consiste em aprender a ver da maneira correta para desenhar. Isto me ensinaram os meus professores e a minha experiência.
Visto pelo lado mecânico, é aprender a olhar as coisas como elas aparecem aos olhos, sem dar nomes a elas. Desenhar o que se vê e não o que se sabe é o "pulo do gato" que determina o sucesso do aprendiz do desenho. Quando nomeamos, registramos e classificamos, tendemos a não ver mais as coisas realisticamente. Ou da forma que é preciso ver quando desenhamos.
Porém, os processos educacionais predominantes atualmente, geralmente em privilégio do desenvolvimento de um pensamento verbal e abstrato, pouco desenvolvem ou até bloqueiam as habilidades que serviriam a um tipo de pensamento desvalorizado na sociedade como pouco racional, feminino, obscuro(41). Um pensamento concreto e essencialmente não-verbal.
Há uma revolução cognitiva em aprender a desenhar que comparo a descolonizar o olhar. Como disse o professor de desenho e autor de um renomado método, Kimon Nicolaides, em uma tradução aproximada por mim: "Aprender a desenhar é na verdade uma questão de aprender a ver - a ver corretamente - o que significa muito mais do que meramente olhar com os olhos."(42)
Considerações finais
Concluo com a percepção de que olhar para a história em busca do que eu possa chamar de um ponto de vista me conduz, a escolher um enquadramento. Como diz Boaventura: “Somos objetivos, mas não somos neutros, sabemos de que lado estamos.”
A construção de um conhecimento responsável nos dias atuais precisa muito mais do que objetividade. Precisa sensibilidade e engajamento com as políticas de valorização das vozes subalternizadas e dos seus modos de viver, e do desenvolvimento de uma ética e de valores inclusivos das outras espécies e da natureza.
BIBLIOGRAFIA
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VALÉRY, Paul. Degas Dança Desenho. São Paulo: Cosac & Naify, 2003.
TARKOVSKI, Esculpir o tempo. São Paulo: Martins Fontes, 2002.
Visto no Youtube:
Arnaldo Antunes. Inclassificáveis (Ao Vivo).
Boaventura de Sousa Santos. Epistemologias do sul.
Boaventura de Sousa Santos. 2022 Aula Magistral #1 "Pós-colonialismo, descolonialidade e epistemologias do sul".
Boaventura de Sousa Santos. 2022 Aula Magistral #4 "Descolonizar a história".
Silvia Rivera Cusicanqui y Boaventura de Sousa Santos. Conversa del Mundo.
Chimamanda Ngozi Adichie. O perigo da história única.
Silvio Almeida. "Soy loco por ti, AMERICA" | 08 minutos.
Silvio Almeida. VOCÊ sabe o que é NECROPOLÍTICA? | 08 minutos
Notas
(1) SETH, Sanjay. Razão ou Raciocínio? Clio ou Shiva?. Social Text 78, Vol. 22, No. 1, Spring 2004. Duke University Press, 2004. Parte da bibliografia do curso de Introdução aos Estudos Históricos em 2022.2.
(2) No Youtube: "Soy loco por ti, AMERICA" | 08 minutos Silvio Almeida. Link para o vídeo na Bibliografia.
(3) SANTOS, Boaventura De Sousa. Introdução às epistemologias do Sul. in. Construindo as Epistemologias do Sul: Antologia Essencial. Volume I. Buenos Aires: CLACSO, 2018. E KRENAK, Ailton. O amanhã não está à venda. São Paulo: Companhia Das Letras, 2020. Lido por sugestão do prof. Jorge Victor Araújo.
(4) FOUCAULT, Michel. A microfísica do poder. Rio de Janeiro: Graal, 1979.
(5) Refiro-me, neste caso, à consagrada, academicamente falando, história da arte ocidental especialmente à duas grandes referências: Ernst Hans Gombrich e Giulio Carlo Argan.
(6) Por exemplo, o japonês Hokusai, e citações que conheço de outros desenhistas em livros como EDWARDS, Betty. Desenhando com o lado direito do cérebro. Rio de Janeiro: Ediouro, 1984. Ou NICOLAIDES, Kimon. The Natural Way To Draw. Boston: Houghton Mifflin Co, 1969.
(7) Digo isto me referindo à depoimentos, bem conhecidos e divulgados, de artistas como Van Gogh, Gauguin, Cézanne, Rodin, Degas, Matisse, Picasso, Giacometti, Cartier-Bresson por exemplo e de autores como Stein, Valery, Brassai, Genet e Frank, entre outros.
(8) Nicolaides, 1969.
(9) Nicolaides, 1969. e Edwards, 1984. Entre outros.
(10) GOMBRICH, Ernst Hans. A História da arte. Rio De Janeiro: Editora LTC, 2015. E ARGAN, Giulio Carlo. Arte Moderna. São Paulo: Companhia Das Letras, 1992.
(11) CUSICANQUI, Silvia Rivera. Sociología de la imagen: ensayos. Buenos Aires: Tinta Limón, 2015. Gentilmente indicado pelo prof. Jorge Victor Araújo. ADICHIE, Chimamanda Ngozi. O Perigo De Uma Única História. São Paulo: Companhia Das Letras, 2019. KILOMBA, Grada. Memórias Da Plantação - Episódios de racismo cotidiano. Rio de Janeiro: Cobogó, 2019.
(12) Santos, 2018. p. 332-333.
(13) Krenak, 2020.
(14) Me fio na explicação de Silvio Almeida no canal dele no Youtube: "Você sabe o que é NECROPOLÍTICA? | 08 minutos". Link para o vídeo na Bibliografia.
(15) MBEMBE, Achilles. Crítica da Razão Negra. São Paulo: n-1, 2018.
(16) CÉSAIRE, Aimé. Discurso Sobre O Colonialismo. Trad.: Claudio Willer. Ilust.: Marcelo D`Salete. Cronologia: Rogério de Campos. São Paulo: Veneta, 2020. Lido por ocasião do trabalho final do curso de História do Mundo Contemporâneo do Instituto de História da UFRJ, 2022.2.
(17) Mbembe, 2018.
(18) Santos, 2018.
(19) Césaire, 2020.
(20) CARNEIRO, Aparecida Sueli. A Construção do Outro como Não-Ser como fundamento do Ser. São Paulo: Feusp, 2005. (Tese de doutorado), 2005.
(21) Mbembe. 2018. p. 20.
(22) Inclassificáveis é uma canção de Arnaldo Antunes,incluída no álbum O Silêncio de 1996. Pode ser conferida em: "Arnaldo Antunes - Inclassificáveis (Ao Vivo)". Link na Bibliografia.
(23) Mbembe. 2018. p. 19.
(24) Césaire. 2020.
(25) Carneiro. 2005.
(26) HOCKNEY, David. O conhecimento secreto. São Paulo: Cosac e Naify, 2001.
(27) Chimamanda Ngozi Adichie: O perigo da história única (TED Talks). Link na Bibliografia.
(28) Mbembe. 2018. p. 11.
(29) Césaire. 2020.
(30) Carneiro. 2005.
(31) SAHLINS, Marshall. História e cultura: apologias a Tucídides. Rio de Janeiro: Zahar, 2006. Este também faz parte da bibliografia de História Da América Contemporânea, 2022.2.
(32) Idem.
(33) PEDROSA, Israel. Da cor à cor inexistente. Rio de Janeiro: L. Christiano, 2003.
(34) PEDROSA, Israel. O Universo Da Cor. Rio de Janeiro: Senac, 2008.
(35) Cusicanqui. 2015. p. 295. (nota 1).
(36) CANCLINI, Néstor Garcia. Culturas Híbridas. São Paulo: Edusp, 2008. Parte da bibliografia de História Da América Contemporânea, 2022.2.
(37) MIGNOLO, Walter D. Histórias Locais / Projetos Globais. Colonialidade, saberes subalternos e pensamento liminar. Belo Horizonte: UFMG, 2021. Outro que é parte da bibliografia de História Da América Contemporânea, 2022.2.
(38) TARKOVSKI, Esculpir o tempo. São Paulo: Martins Fontes, 2002.
(39) Cusicanqui. 2015. p. 293.
(40) Cusicanqui. 2015. p. 293-304.
(41) Edwards. 1984.
(42) No original: "Learning to draw is really a matter of learning to see - to see correctly - and means a good deal more than merely looking with the eye."(Nicolaides, 1969.)
(43) No Youtube: Silvia Rivera Cusicanqui y Boaventura de Sousa Santos. Conversa del Mundo. Link na Bibliografia.